Ele não era traficante profissional, diz família de brasileiro executado
Executado
na Indonésia por tráfico de drogas na última quarta-feira (29), o corpo
de Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, foi enterrado neste domingo
(3). A família do paranaense o defendeu no cemitério Parque Iguaçu, em
Curitiba. "Ele não era um traficante profissional", afirmou o advogado Cleverson Marinho Teixeira, ao Uol.
Amigo
da família, o advogado foi escolhido pelos parentes de Gularte para
conversar com os jornalistas, que não foram autorizados a acompanhar o
velório. Teixeira
contou que conheceu Gularte ainda criança. "Ele era gentil, alegre,
amigável, gostava de surfar. Ele errou? Errou, mas pagou por isso",
disse.
De
acordo com o advogado, a mãe do paranaense, Clarisse Muxfeldt, ficou o
tempo todo ao lado do caixão. "Ela está absolutamente sofrida, ao lado
de Rodrigo. É um motivo de aliviar a dor o fato de ela estar com Rodrigo
aqui depois de ter sofrido todos esses dez, 11 anos, com a ausência
dele", falou.
Teixeira
relatou ainda que Angelita Muxfeldt, prima que acompanhou os últimos
momentos de Gularte, está "disposta a voltar à Indonésia para saber por
que os laudos [que certificaram seus problemas psiquiátricos] não foram
apreciados [pela Justiça local]". Rodrigo
Gularte foi condenado à morte em 2005. Um ano antes, ele havia sido
preso quando tentava entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína em
pranchas de surfe.
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