quarta-feira, 20 de maio de 2015

BRASIL Forças Armadas têm consciência que seu partido é a Constituição, diz Wagner

Foto: Reprodução/ Ag. Brasil
Ministro da Defesa, Jaques Wagner
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que existe um sentimento de “consciência” nas Forças Armadas em relação à defesa da Constituição, numa referência ao apelo de intervenção militar feito por alguns setores da sociedade. “Acho que há o sentimento de que o partido político das Forças Armadas é a Constituição brasileira”, disse. O ministro participa nesta quarta-feira, 20, de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, onde foi questionado sobre o tema. A afirmação do ministro foi uma resposta à presença de grupos isolados de manifestantes contra o governo defendendo “intervenção militar constitucional”, como ocorreu no ato realizado em Brasília no dia 12 de abril. Os intervencionistas se revezaram no alto-falante de um carro de som, durante o ato, afirmando que o artigo 142 da Constituição de 1988 permitia a ação militar. O artigo 142, contudo, define que as Forças Armadas deverão ser formadas por Marinha, Exército e Aeronáutica “sob a autoridade suprema do Presidente da República” e que o papel constitucional é a “defesa da Pátria e a garantia dos poderes constitucionais”. O restante do artigo trata de temas administrativos das Forças Armadas e das regras que os militares devem obedecer – entre elas a proibição à filiação partidária enquanto estiverem na ativa. “Hoje há uma consciência absoluta de que as Forças são a reserva principal da Constituição. Sou seguro quanto a isso”, afirmou Wagner.
Estadão Conteúdo

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