segunda-feira, 9 de março de 2015

Dilma vê “3º turno” e diz recusar “ruptura democrática”


 
Questionada por jornalistas em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (9), a presidente Dilma Rousseff falou que os pedidos de impeachment que fazem parte das convocações das manifestações programadas para o próximo domingo (15) se tratam de tentativa de forçar um “3º turno” da eleição.
 
O discurso era repetido por diversos apoiadores do partido e agora passa a ser repetido pela presidente. Além disto, afirmou não ter medo caso haja uma onda de pressão para seu afastamento por acreditar que o brasileiro “não aceitará uma ruptura democrática”. “Achoq eu nós amadurecemos o suficiente para isto”.
 
“Acho que há de se caracterizar razões para o impeachment, e não um 3º turno das eleições. O que não é possível é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou. Ela teve 1º e teve 2º turno. O 3º turno das eleições, para qualquer brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática”, advertiu.
 
Dilma afirmou que aceita naturalmente a manifestação do próximo e ressaltou que o atual governo não reprime protestos, ao contrário do tempo da ditadura em que questionar as instituições rendia cadeia. Entretanto, disse que não aceitará violência em qualquer movimentação.
 
O discurso à nação do último domingo à noite foi defendido pela presidente. Ela alegou que o teor do pronunciamento buscava a “estabilidade” e “amainar as situações de conflito”, uma vez que o país está “enfrentando uma fase aprofundada da crise econômica”. Ela voltou a defender que o principal responsável pelas dificuldades atuais no Brasil estão fora do país e que o governo fez um “ajuste momentâneo” em direção a “um patamar muito melhor do que estamos hoje”.
 
“Eu acho que até o final deste ano nós voltamos a ter um certo crescimento. É isso o que nós esperamos. Nós vamos ter um esforço agora para ser compensado depois. Esta é a condição em qualquer hipótese. Quem prometer outra coisa não vai conseguir entregar porque houve, em 2014, uma deterioração muito maior do que se esperava”, previu a presidente.
 

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