domingo, 31 de agosto de 2014

BAHIA Emir Sader ratifica importância de manter o projeto de esquerda no Brasil

Foto: Kleidir Costa
Emir Sader fala das contradições nas propostas de governo da candidata Marina Silva e ratificou o apoio a Dilma
O debate político na noite deste sábado (30) lotou o comitê do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), no Rio Vermelho, em Salvador, onde o parlamentar, militantes de diversos movimentos sociais e jovens receberam o sociólogo e cientista político, Emir Sader, para discutir o tema “Reforma Política e Participação da Sociedade”. De acordo com Valmir, a atividade foi uma oportunidade para nivelar as opiniões sobre a reforma política e entender mais do processo eleitoral. Para o petista, o que faz o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estar com “todo gás” para reeleger Dilma é o projeto político que ela defende. “Independente da bandeira da reforma agrária, o projeto político é maior, e é por esse projeto que estamos aqui – pautando a reforma da constituinte. E é em nome dele que vamos trabalhar para reeleger Dilma no Brasil e eleger Rui Costa na Bahia”, pontua. Para o sociólogo, o projeto em curso no país não pode ser interrompido. O professor é contra a candidatura de Marina Silva (PSB-REDE). “Ela é obscurantista, o ponto de vista dela é extremamente reacionário. Ela já alterou o programa de governo três vezes em menos de um dia. Veja que tem três coisas significativas que ainda estão lá. Primeiro, a independência do Banco Central. Isso é enganoso, é independente de quem? Deixa de ser dependente da política econômica do governo, que é de desenvolvimento com distribuição de renda, para ser dependente dos bancos e do mercado financeiro. Esse é um ponto neoliberal. Segundo lugar, baixar o perfil do pré-sal, Marina está pensando nas grandes empresas internacionais de energia, é pra elas que ela vai entregar o pré-sal. O terceiro item ajuda a entender isso. Ela fala ‘nós vamos baixar o perfil do Mercosul e fazer acordos bilaterais’. Com quais países ela quer fazer esses acordos? É claro que é com os Estados Unidos, deixar de liderar países na América latina, África, ser líder no mundo para voltar a se submeter aos EUA.”. Participaram da mesa de trabalho o representante da Consulta Popular, Mário Neto, a membro da direção nacional do MST, Elizabete Rocha, a secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), Vera Lúcia Barbosa, além do presidente do PT de Salvador, Edson Valadares, o presidente da CUT-BA, Cedro Silva, e representantes de movimentos sociais de luta pela terra e de direitos humanos.

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